Falamos do Mistura desde que esse blog se mudou aqui pra Lima – se quiser relembrar: Mistura 2012, Mistura 2013, Mistura 2014 e Mistura 2015 – mas, ainda sim, quando vamos, descobrimos algo novo por ali.
Sempre olhei o Mistura como um evento onde a culinária local era grande protagonista e as pessoas responsáveis pelo evento eram, na verdade, meros veículos que propiciavam esse protagonismo.
Esse ano, não sei se foi o fato de fotografar tudo, de já estar familiarizada com o ambiente, ou se apenas aconteceu aquilo dos filmes onde, de repente, enxergamos coisas que estavam aos nossos olhos já há muito tempo.
O fato é que vi, pela primeira vez, que o real protagonismo ali é das pessoas e a comida apenas reflete isso. São eles e seu amor pela cultura gastronômica local que impulsiona tudo isso adiante, não o contrário.
Produtores, artesãos, vendedores, empreendedores, cozinheiros, comerciantes e também, porque não, clientes, todos arquitetam o caminho das mesas e dos paladares, de maneira à espalharem a paixão e determinação em fazer do seu amor, um trabalho e, desse trabalho, um orgulho.
Vou, vejo, converso, como, aprendo, fotografo e admiro. Eles se admiram. Admiram o que fazem e como conseguiram converter isso economicamente ao seu favor. Vi isso nesses 10 dias de Mistura 2016 e, pensando, tinha visto nos outros anos também, mas não tive a sensibilidade de enxergar.
Os olhos, os sorrisos, o mote pra chamar cliente, o cansaço da dupla jornada (muitos expositores com filhos pequenos ali), a roupa típica que pesa, o discurso repetitivo simpático a cada cliente que chega. É tudo muito sincero e recompensador, pois eles acreditam naquilo e precisam te revelar essa verdade. E merecem demais nosso respeito e admiração.
Dessa forma, deixo com vocês alguns desses personagens merecedores. 🙂
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