Os desafios que a vida nos impõe sempre a tornam ainda mais divertida. Desafios relacionados a viagens são então ainda melhores. Tenho que ser sincera e falar que não me aventuro sozinha pelo mundo com a freqüência da nossa especialista-mor Mari Campos, mas já viajei muito sozinha para encontrar pessoas por aí. Já perdi a conta de quantas vezes encarei aeroportos, conexões, esteiras de bagagem, aviões completamente sozinha. Há 6 meses nasceu a Olivia e, ao contrario do que eu imaginava, eu não parei. Assim, na semana passada, encarei minha primeira viagem sozinha com ela. E sobrevivi.
Minha rota era Vitória/Lima, com uma conexão de 5 horas em Guarulhos, voando TAM no trecho nacional e TACA no vôo internacional. Sem bebê conforto (eu não aguento carregar!), sem carrinho ( estava desmontado e despachado como bagagem), com duas malas ( uma de 33 kg e outra de 11 kgs) e duas bagagem de mão ( uma bolsa de bebê e uma maleta). Estava receosa e com centenas de dúvidas: como vou carregar tudo? o que vou fazer com um bebê durante 5 horas? como vou ao banheiro? como passarei no raio X?
A primeira coisa que fiz foi entrar em contato com as cias. aéreas para saber o que eu poderia e o que eu não poderia. Descobri que a TAM me daria assistência e a TACA não daria nenhuma, ainda por cima abririam o check in somente duas horas antes do vôo me obrigando a permanecer com a bagagem durante 3 horas. Então desenhei todos meus passos e fui buscando todos os serviços que eu precisaria. Uma coisa é certa: a boa vontade das pessoas é imprecindível.
No trecho Vitória/Guarulhos, contei com a ajuda de um rapaz para passar a bagagem no raio x e o restante foi de responsabilidade da TAM, que me ajudou ainda mais que o solicitado.
Em Guarulhos, optei por utilizar o serviço do Fast Sleep. Foi minha melhor escolha. Com uma suite, Olivia pode brincar na cama e dormir. Eu pude dormir, ir ao banheiro, tomar outro banho, dar banho nela e trocá-la sem preocupações, inseguranças ou desconforto. Não é um serviço barato, mas acho um ótimo custo x benefício para quem está na mesma situação que eu. O hotel ainda providenciou banheira de bebê e chamou o carregador de bagagem.
Check in feito, enfrentamos novo raio x. Pouco mais complicado, já que a bebê, que estava no canguru, tem que passar distante do corpo da mãe. Policiais femininas foram gentis e solicitas. Embarque feito e viagem tranqüila, apesar de muito cansativa.
O aeroporto de Lima, para minha surpresa, foi o menos preparado para prestar assistências. Não havia carregadores na área, nem pessoas da cia. aérea para ajudar com a bagagem e eu ainda fui escolhida para ter minhas malas passadas no raio x da alfândega. Aí não teve jeito, pedi ajuda ao funcionário do aeroporto, ao segurança da alfândega e a um viajante.
Ao fim da jornada, já em casa, feliz de ter vivido mais um história pra contar, pensei no que é realmente necessário para uma viagem dessas: planejamento, paciência, sorriso no rosto e uma cara de pau para pedir ajuda quando precisar.
3 Comments
kyara
29/11/2012 at 13:40Parabens Manu, eu vivo esse dilema de querer ir ao Brasil levar Rodrigo para conheer o resto da família, mas como meu marido não pode ir, acabo não tendo coragem de encarar sozinha esse desafio.
Manu Tessinari
28/01/2013 at 12:31Oi Kyara!!
Estava de férias, daí meu sumiço… Levar as crianças ao Brasil sozinha é possível e relativamente fácil. Paciência, planejamento e cara de pau. Só isto! rs
Continuam indo ao parquinho no malecón? Vou tentar levar Olivia lá estes dias a tarde…
bjs
Lu Malheiros
13/02/2012 at 22:40Manu,
Parabéns! Pra você e para a Olívia!
Pena que nem todos os aeroportos/cias aéreas estão preparados para receber pessoas na situação de vocês 🙁
No final, tudo deu certo e rendeu um ótimo post!
Bjs