Recentemente fui ao Brasil para o casamento de um amado casal de amigos. Toda vez que vou ao Brasil com o marido é uma loucura… temos ritmos e idéias muito diferentes de como aproveitar nosso tempo quando estamos por lá. Ele quer fazer mil coisas ao mesmo tempo, combina de tomar um café com um amigo, almoçar com outro, levar o cachorro pra passear com um terceiro, visitar a vó e jantar com nossos pais, tudo no mesmo dia. Isso me enlouquece. Eu gosto de desfrutar o tempo quando estou ali… aviso as pessoas com antecedência pra elas também programarem de nos verem, combino uma coisa por dia, gosto de ficar na casa dos meus pais, no jardim costurando com a minha mãe, passar todo um dia com minhas primas, um final de semana com as amigas. E quem não conseguir ver dessa vez, paciência, vejo da próxima. Únicas pessoas que nunca deixo de visitar são meus avós.
Eu ainda não aprendi a matar a saudade com apenas um encontro. A quantidade de tempo, a frequência do encontro ainda é o que mais sinto falta. Tenho prazer na convivência, gosto da conversa que surge de repente quando estou na monotonia com alguém, gosto da rotina, porque quando temos rotina e ela muda, acontecem as surpresas, é isso que torna as relações especiais pra mim. Acho que ainda não aprendi a ser visita ali. Quando vou, ainda busco uma rotina pra dentro dela encontrar os momentos especiais, mas encontro somente esses momentos e sinto falta da rotina. Engraçado, né? O inesperado me faz feliz, mas ainda falta algo.
Pensando a respeito disso tudo concluí que a saudade é muita mesmo pra ser sanada em alguns dias. E os encontros com as pessoas queridas só me lembram o quanto elas são especiais, e eu só tive aquele almoço pra encontrar e conversar, o que me faz sair de lá com uma saudade maior do que a que tinha quando cheguei.
Acho que esse é o único ônus de se viver em outro país. Ter longe quem a gente ama. Conversar com uma amiga e ver que se eu estivesse ali poderia ajudá-la com o que está passando. Ao mesmo tempo, tudo isso abriu meus olhos para o valor dos poucos e bons momentos, com as pessoas muito amadas.
E essa experiência me confirma a cada dia que a felicidade está mesmo nas pequenas coisas, nos gestos simples, nos presentes singelos, no amor dedicado com o decorrer do tempo, na construção dos sentimentos. E só posso me sentir privilegiada por ter tantas pessoas queridas na minha vida. No final fico com o pensamento de que sentir saudade de tanta gente é um sinal de felicidade. S2
* todas as fotos desse post foram tiradas pela minha irmãzinha, e são do quintal da casa dos meus pais!
8 Comments
Cristina
10/12/2013 at 19:09Oi Bia que lindo a sua iniciativa de escrever!Também senti saudade de você e quando liguei pra marcar de lhe ver você ja tinha voltado. Como passei por essa experiência por 20 anos sei como você se sente. No entanto, so sentimos saudade daquilo que nos fez bem e de quem amamos. Um bjo grande e se der certo irei te visitar em maio.
Carmem Silvia Noguchi
07/12/2013 at 06:44Bia, que bom poder matar a saudade mesmo que em conta gotas. O abraço sincero e verdadeiro tem sentido único. Feliz em ler o que escreves
com o coração. Casal amado. Bj
Bia Kuntz
10/12/2013 at 19:06É isso mesmo tia. Fico feliz que você esteja gostando. Um beijo grande!
Rafael Lopes
04/12/2013 at 04:56Legal! Sua irmã mora em Sorocaba também?
marinaviabone
03/12/2013 at 17:57Que post lindo! Tô sempre acompanhando suas aventura pelo Peru aqui no blog, mas esse foi o que eu mais gostei! Também acredito que a felicidade está nas pequenas coisas e que as pessoas são insubstituíveis na nossa vida (apesar de muita gente achar o contrário). Continue postando Bia! Um beijo
Bia Kuntz
04/12/2013 at 17:52Que bom que gostou, Neth!
Tbm estou adorando seu novo projeto!
Beijos
Roberta Carneiro
03/12/2013 at 17:32Que lindo Bia! Eu tb sinto mais saudade quando encontro pessoas queridas! Aliás to com saudade de vc! Tomara q a gente se encontre no casório da Maine! Bjossss
Bia Kuntz
04/12/2013 at 17:47Obrigada, Robs,
Tbm tenho mta saudades de todas! Louca pra conhecer seu filhote tbm!
Beijos