6 In Buenos Aires/ Outros Destinos

Buenos Aires: onde comer

Vocês já estão cansados de saber que comida é a minha praia, adoro tudo o que diz respeito a essa arte – desde compra de ingredientes frescos, técnicas de culinária, até um bom restaurante. Quando viajamos, eu gosto também de programar um roteiro gastronômico básico, porque poucas coisas me tiram tanto o humor como quando eu me alimento mal. Não sou daquelas loucas que larga o passeio no meio só pra não perder a reserva do restaurante, mas eu sempre gosto de saber o que vou encontrar por perto, assim corro menos risco de entrar em furadas.

Família reunida no Sarkis!

Família reunida no Sarkis!

Pra buscar opções pro meu roteiro, segui as dicas do guia que comprei no Buenos Guias, a lista do Latin America’s 50 best restaurants, as indicações de um amigo querido que mora em Buenos, mas, principalmente, o blog da adorável Amanda Mormito, o Buenos Aires para Chicas. Ela é ótima gente! Sensata e honesta nas suas opiniões, as sugestões da Amanda são certeiras e valem muito ser seguidas.

Com marido, pai e sogros, carnívoros convictos, era meio impossível deixar de ir a alguma parrilla argentina. Assim que chegamos, fomos jantar do lado do hotel, no La Cabrera Express. A rede La Cabrera é bem famosa e possui diversas franquias, inclusive uma aqui em Lima. A carne é muito saborosa, são vários os acompanhamentos e os cortes de carne que podemos provar. O atendimento é bem simpático e o preço justo. A Amanda tem um post só sobre o La Cabrera que vale a pena conferir.

Corte de entraña, na Cabaña Las Lilas.

Corte de entraña, na Cabaña Las Lilas.

Outra parrilla que fomos, foi a Cabaña Las Lilas, em Puerto Madero. Essa mais luxuosa que o La Cabrera, mas a carne tão boa quanto. O lugar é imenso, charmoso e diria que até um pouco ostensivo. Ali o esquema é mais glamourizado, a comida excelente, a vista do local impressionante e o serviço impecável. Mas, como tudo na vida tem seu preço, e o de lá é mais salgado.

Falando em glamour, fomos ao Sucre, que ocupa a 47a posição entre os 50 melhores restaurantes da América Latina. O lugar é descolado e aconchegante, e o chef Fernando Trocca é uma figura à parte. Ficamos numa mesa ao lado da cozinha (que é separada apenas por um balcão) e, entre uma ordem e outra, ele faz uma piada, conversa com os clientes, e assim imprime com personalidade o clima do local. Comida e serviço impecáveis, e a melhor sobremesa da viagem, o ‘volcano de dulce de leche’, pra comer sem arrependimentos.

Volcano de dulce de leche - Sucre.

Volcano de dulce de leche – Sucre.

Dulce de leche é uma coisa maravilhosa que graças a Deus não é intensivamente ofertada aqui em Lima. Masss… estando na Argentina, não podia deixar de provar qualquer coisa que tivesse doce de leite, e foi no tradicional Freddo que tomei o melhor sorvete desta iguaria que já vi. Eu fui na Freddo, mas em qualquer boa sorveteria argentina que você for – seja ela Freddo, Jauja, Volta, Persicco, etc – certamente terá provado um entre os melhores.

Como comentei aqui, marido foi pra correr 42k e, na noite anterior à prova, queria comer massa. Como não sou muito fã, a escolha do restaurante ficou por conta dele, e fomos ao Marcelo Restaurante, em Porto Madero. Lugar lindo, luxuoso, tradicional… e cheio! Fomos cedo (20h) pois o marido tinha que dormir o sono dos atletas, e só por isso conseguimos mesa. A hora que saímos tinha gente esperando do lado de fora! Fiquei besta porque o lugar é enorme e na minha cabeça “Quem faz fila pra comer macarrão?!”, mas a verdade é que a comida do Marcelo é saborosíssima, e aquela fila de espera era a prova disso.

Helado de dulce de leche . Freddo.

Helado – Freddo.

Tive duas experiências um pouco frustrantes, uma delas foi no recomendado El Trapiche, um restaurante simples de comida porteña farta e deliciosa. Não tem o que falar da qualidade, o preço então é super amigo! O chato foi que eles não coordenaram a saída ou o preparo dos pratos (estávamos em 6 pessoas), que chegaram cada um num tempo e, é lógico, o da azeda aqui foi o último – comecei a comer quando todos já tinham acabado.
O Pani foi outro erro de percurso, mas 100% por nossa culpa. Decidimos ir até lá pra almoçar, sendo que o lugar é famoso pelas suas comidinhas e seu café da tarde… Pra piorar, eu pedi um sanduíche vegetariano com hambúrguer de soja! Tá, eu assumo que dessa vez a culpa foi toda minha! Certeza que um café da tarde lá deve ser dos Deuses, o lugar é um encanto e tudo o que eu não comi parecia divino.

Tudo de delicioso que eu não comi no Pani.

Tudo de delicioso que eu não comi no Pani.

Em compensação, tivemos duas experiências que superaram todas as expectativas. A primeira delas foi na La Panadería del Pablo, em San Telmo, que lugar gostoso! Iluminado, simples, moderno, com atendimento gentil e comida honesta – aquela que é tão boa quanto parece, sabe?!  Nada de gato por lebre, com o Pablo! Como entre as proteínas animais sou mais fã dos peixes, naturalmente o salmão grelhado com cous cous marroquino foi um dos meus pratos prediletos de toda viagem, mas no geral, todos nós adoramos o que comemos ali.

Salmão grelhado com cous cous marroquino - La panadería del Pablo.

Salmão grelhado com cous cous marroquino – La panadería del Pablo.

E por último, mas não menos importante, o restaurante que foi unanimidade entre nós 6 como o melhor da viagem, o Sarkis. Rapaz… a fila começa antes mesmo do restaurante abrir, o dono vem pessoalmente recepcionar e cumprimentar seus conhecidos e os coloca pra dentro, só então a lista de espera começa a rodar. Nem adianta porque eles não fazem reservas nem têm franquias. É um restaurante familiar, de bairro, em Villa Crespo, e acredito que por isso tudo é tão bom – a tradição é tão presente quanto o puro azeite em todos os pratos. A especialidade é comida armênia / árabe, saborosa, fresca e barata (muito barata, por sinal!). Chegue cedo ou tenha paciência pra esperar na fila, mas de maneira nenhuma deixe de ir ao Sarkis, é extraordinário. (Pra mais detalhes, dá uma olhada nesse post da Amanda, onde ela surta ao falar de lá).

Quibe cru, charutinhos de uva, qualhada seca, homus e uma kafta de cordeiro com molho de iogurte! Tudo isso maravilhoso lá no Sarkis.

Quibe cru, charutinhos de uva, qualhada seca, homus e uma kafta de cordeiro com molho de iogurte! Tudo isso maravilhoso lá no Sarkis.

Essas foram as minhas sugestões baseadas única e exclusivamente na minha experiência. Óbvio que BsAs tem um infinito de sabores a serem explorados! Se tiver alguma dica boa, deixa aqui nos comentários pra gente! 🙂

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6 Comments

  • Reply
    Amanda Mormito
    12/03/2015 at 18:54

    Ah Biaaaa, que querida! Obrigada pelas palavras. Espero te conhecer algum dia em Lima *-* Aliás, vc e a Manu. Beijo grande.

    • Reply
      Bia Kuntz
      15/03/2015 at 19:48

      De nada, querida.
      Também queremos muito conhecer vc!
      Beijoss

  • Reply
    Aix Rizzo
    11/03/2015 at 06:15

    Assim quero retornar a BA logo!

    • Reply
      Bia Kuntz
      12/03/2015 at 12:44

      Eu também!! 🙂

  • Reply
    Gláucia Fattori Miguel
    10/03/2015 at 19:28

    Deixou o melhor pro final !!! Adorei !!! Deu água na boca !!!!!

    • Reply
      Bia Kuntz
      11/03/2015 at 00:58

      Que bom que gostou, Glau!
      Beijos

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