A idéia de parar na Cidade do Panamá, antes de chegar em Curaçao, aconteceu mais por circunstâncias que por planejamento. A gente não sabia se uma conexão com crianças no Panamá seria um bom negócio, já que os programas poderiam ser cansativos e as compras não eram nosso interesse, mas acabou acontecendo porque não havia vôos para Curaçao na sexta, então decidimos chegar quinta a noite no Panamá e sair no sábado de manhã.
Aeroporto
O aeroporto do Panamá é muito simples. Todos embarcam e desembarcam pelos mesmos portões, ou seja, você desembarca na sala de embarque e tem acesso a toda a estrutura do local. Isto agiliza muito a conexão no país. Quanto aos serviços oferecidos, tem restaurantes, banheiros estruturados para crianças, esteiras para caminhar longas distancias e muitas lojas. Grandes marcas como Valentino, Michael Kors, MAC, Lacoste entre outras e vendem de tudo: eletrônicos, roupas, malas, jóias. Chegando já próximo a saída, há um número ainda maior de lojas, em um momento me senti em um shopping. Só não posso dizer muito sobre valores, porque realmente comprar não é muito minha praia. O que para mim o aeroporto tem de pior é a sinalização. Ela existe, mas achei que falta mais clareza.
Imigração: primeiro perrengue.
Fui barrada na imigração. Para entrar no Panamá o passaporte deve estar válido por, no mínimo, 90 dias ou 3 meses. Daí a confusão. Meu passaporte vencia dia 28/07 e pelas contas da agente de imigração, ela ficou na dúvida se eu passaria ou não, já que não sabia se contava por dias ou por meses. Perguntou para as duas agentes que estavam ao seu lado. As duas negaram (erroneamente) minha entrada. Era dia 17/04 e a conta que fizeram foi “abril já passou, maio e junho são 2 meses, julho já não conta.” Felizmente mantive a calma e pedi por favor que deixasse eu entrar, que estava com duas crianças, que seria muito pesado ser deportada com as duas e que eu ficaria lá por um dia somente, blá, blá, blá. Sorte minha que a oficial também não estava convencida da contagem e foi perguntar ao seu superior. A contagem certa é por dias. Eram 90 dias e eu tinha 100 dias no meu passaporte. Entrei, mas é bom ficarem ligados, porque se eu tivesse pegado uma das outras oficiais, não sei se hoje estaria contando a novela para vocês.
Transporte: segundo perrengue.
Nós chegamos no Panamá cansados, com crianças dormindo, um carrinho, um canguru e nada de cadeiras para carros ou bebe conforto. Somos super corretos com isto de crianças e carro, mas pensamos que teríamos um pouco de segurança na ida para o hotel, no city-tour teríamos cadeirinha e nosso carro em Curaçao já estava com as cadeirinhas reservadas. Doce engano.
Os taxis não são necessariamente novos e segurança não é uma preocupação local. Resultado: o taxi não tinha cinto de segurança nem para a gente, o que dirá alguma estrutura para crianças. Julia foi presa no canguru no Antonio e eu com Olivia dormindo no meu colo e os dois rezando pro taxista saber o que estava fazendo. Naquele momento, me arrependi do meu lado “desapegado” e fiquei com raiva do meu lado paranoico não ter falado mais alto. 😉
Pegamos quatro taxis diferentes e não encontramos cinto de segurança em todos. Se a idéia é ficar mais tempo, organize traslado com quem tem estrutura ou alugue um carro, se não passará raiva.
Alugar carro no aeroporto nos pareceu bem barato e fácil, mas eu fui contra, apesar da preferencia do marido. Achei que era dor de cabeça demais ficar procurando rota, usando GPS, se localizando na cidade para tão pouco tempo. O tempo veio mostrar que realmente eu estava certa. A comodidade de ter um taxi-guia foi excelente.
O traslado do aeroporto a cidade custou US$ 40 (mesmo preço de uma diária de carro) e gastamos aproximadamente uns 30 min.
Planejamento dos passeios
Eu não sabia nada do Panamá, então dei uma pesquisada e encontrei muito material bacana sobre o assunto. Claro que o primeiro site que sempre busco coisas com crianças é o Colagem, da Lu Misura. Ele foi meu ponto de partida até mesmo para encontrar outros blogs legais. Lá conheci o Batendo Pernas pelo Mundo, que conta em detalhes o que fazer pela cidade. Turomaquia não viaja com crianças, mas sua explicação sobre a Cidade do Panamá valeu muito.
Não contratei nenhum serviço de city-tour antecipadamente por pura falta de tempo, mas todo taxista é um guia em potencial. Nós negociamos com um que estava na porta do nosso hotel e ele nos acompanhou durante todo o dia. Conto mais detalhes quando estiver falando dos passeios.
Semana Santa no Panamá
Se tem um fim feriado que é realmente complicado de viajar é o feriado de Semana Santa. Nos países latinos, o feriado costuma ser quinta-feira e sexta-feira da Paixão, além do Domingo de Páscoa. Isto significa TUDO fechado. Para quem pensa em ver a cidade do Panamá agitada, esquece. A cidade estava bem tranquila e vazia. Compras então, nem pensar. Na quinta, os shoppings abriram em horário especial e só voltaram a abrir na segunda. Isto influenciou o movimento da cidade, pois, com os shoppings fechados, os outros pontos turísticos estavam bem mais cheios. Ah! Claro que as igrejas estavam com bastante eventos. Participamos de uma missa linda na Iglesia del Carmen.
Para o post não ficar muito grande e cansativo, vou falar dos passeios em outro post, ok? A saga continua… 😉
5 Comments
Edmartins
11/03/2015 at 14:40Prezada,
Li artigos antes de planejar minha viagem com a família para Miami e resolvi estender o tempo de escala em Tocumen para fazer os passeios propostos e principalmente conhecer as eclusas de Miraflores. Ocorre que não tive uma boa experiência lá. Consegui o preço de 100 dólares (negociado – o 1º preço dado foi 120 dólares por um cara alto que me abordou no guichê de taxi, e por isto depois pediu gorjeta) para um táxi, credenciado pelo aeroporto, me levar para 4 pontos turísticos, incluindo as eclusas. Chegando neste tive ainda que arcar com 15 dólares por pessoa, o que não me foi informado pelo quieto e esquisito motorista que me conduzia. Trânsito ruim naquele sábado, o que nos fez levar apenas na cidade velha e já deu o tempo de retornar. Motorista quieto que nada falava para onde estávamos indo, o que acabou gerando um certo medo. No final das contas já no Brasil me dei conta de que me foi furtado da minha mochila um fone de ouvido da Apple, que comprei por 29 dólares. Certamente foi no taxi enquanto almoçávamos, pois o motorista que se apresentou como Jonat….(excluído a continuação do nome), baixinho, branco, trancudinho e narigudo preferiu ficar no carro. Imagina a minha decepção no retorno de uma viagem de Miami e Orlando, explorado e furtado. Portanto fica aqui minha experiência.
Luciana Bordallo Misura
28/05/2014 at 13:03Eu também me estressei com os táxis na Cidade do Panamá. Ainda estou devendo o post…não gostei mesmo desse esquema, e me irritei com vários taxistas que queriam cobrar fortunas da gente.
Manu Tessinari
06/06/2014 at 15:51Um saco, né?
Patricia - Turomaquia
28/05/2014 at 06:51Brigaduuu pela indicação do Turo 🙂
Manu Tessinari
06/06/2014 at 15:50O Turo é meu guia particular! Adoro!! 😉
bjs